Artista moderno das liturgias modernas
Ontem à noite, não houve Santa Missa... Devido à morte da mãe do Pe. Francisco, este não compareceu; houve uma tentativa de contactar o padre Guimarães, de uma cidade vizinha, mas nada ficou certo. Houve "Celebração da Palavra".. O que ali se viu era algo realmente deplorável... A começar pelas músicas, dedicadas ao famoso Pe. Cícero que não pode ser cultuado. Ainda por cima, o ritmo dos cânticos lembrava qualquer batuque ou apresentação de uma banda de forró, não fosse a desafinação do vocalista. Havia até um baterista que "mandava ver" no seu discreto instrumento... Só pra se ter uma idéia, o "Cordeiro de Deus" foi cantado no ritmo da "Asa Branca" do Luiz Gonzaga... Não me admirarei se, dentro em pouco, Billie Jean, do falecido Michael Jackson, fôr o fundo musical da procissão de entrada.. Quem sabe até um acólito não arrisca entrar de costas, executando um perfeito "Moon walker"? Rs...
O único motivo pelo qual fiquei, foi porque pensei que, no meio daquelas profanações (tenho outros nomes praquilo, mas todos inconvenientes com o espaço sagrado onde se deram...), eu poderia ser um dos que estariam com Ele. Não O quis abandonar só às recreações infernais daqueles devassos... Mesmo quando não pode fazer nada, a presença de um amigo conforta; talvez seja pretensão minha a de supor que poderia, de alguma forma, diminuir os destratos ao Cristo, permanecendo com Ele, negando-me a fazer parte da "bagunça litúrgica" que ali acontecia. Mas... Fiquei... Minha possível pretensão era bem intencionada.
Antes de se iniciar o "martírio" da Liturgia, um amigo veio conversar comigo a respeito de certos costumes adotados por alguns católicos de hoje. No meio da conversa, falou-me de um rapaz, ao qual já dei formação, que afirmou discordar de certos ensinamentos da Igreja e criticou-lhe o caráter hierárquico. Nas formações que dou, há sempre o espaço para que se levantem questionamentos, dúvidas e objeções e, quando estas são postas, faço o possível por clarificá-las, de modo que os amigos terminam dizendo-se convencidos. Este, porém, pareceu obstinar-se no erro, mesmo diante dos argumentos apresentados. Baseava-se a sua obstinação num achismo pessoal. O seu contra-argumento sempre se iniciava com um "eu acho que"... Fato é que abandonou as aulas...
Não deixa de ser algo misterioso que alguém se arvore o direito de achar coisas a despeito do que a Igreja afirma. Uma coisa são as dúvidas sinceras, outra a permanência irracional no erro. Esta soberba luciferina e luterana parece animar muitos dos católicos hodiernos. Além disto, constata-se a total falta de objetividade, e esta soberba mesmíssima foi o que inspirou meio mundo de cismáticos e hereges. O orgulho humano realmente parece um poço sem fundo que desemboca, obviamente, no próprio salão central do inferno. Esta vaidade é a porta principal para que lá se chegue...
No caso deste rapaz, que muito estimo, na verdade, o que há não é uma ignorância, como a de muitos "romeiros" da referida celebração; o que há, nesta particularidade, é uma decisão livre pelo erro e, como diz S. Tiago, o que sabe fazer o bem e não o faz, peca.
Duas coisas a se vencer: o orgulho e a ignorância. Esta última é mais fácil de se tirar, mas há mesmo quem carregue as duas.
Realmente... tempos difíceis..
Fábio

Muitas vezes Deus nos fala de formas as quais não compreendemos... A musica ainda é o melhor meio para passarmos uma mensagem...se foi utilizada uma musica conhecida para cantar o cordeiro de Deus, qual o problema, se no dia seguihnte as pessoas cantarolarem o cordeiro de Deus o dia todo já pensou.... temos que mudar o mundo mudou e se queremos atingir o coração das pessoas temos de faze-lo da forma que temos disponivel nos dia de hoje.. fazer as mesmas coisas e esperar um resultado diferente bem.... voces entendenram
ResponderExcluirFiquem com DEUS...
Caro Levita, fazes confusão.
ResponderExcluirO fato de Deus nos falar de formas que não conhecemos, não inclui nisso qualquer tipo de absurdo.
O "Cordeiro de Deus" na Santa Missa é precisamente o momento da morte do Senhor. Consideras realmente legal cantarolar Asa Branca diante da cruz? E se as pessoas, ao pensarem na cruz, cantarolarem a mesma música, consideras isto qualquer tipo de coisa interessante? Não seria, antes, uma forma funesta de troça?
Depois, as formas que temos disponíveis hoje são, como sempre, formas adequadas e formas inadequadas. Vc parte de um pressuposto de que certas formas da Igreja ficaram no passado, como se a atitude da Igreja devesse variar de acordo com o tempo. Ora, isto é muito absurdo e peço a Deus que te mostre isso.
Não, meu caro. A Deus toda dignidade, e aquilo que é digno, não o é somente num tempo, mas para sempre. Saia deste evolucionismo dos costumes...
Depois, para "atingir" o coração das pessoas, não se deve recorrer a qualquer coisa, segundo a sensibilidade popular. A arte tem beleza objetiva. Portanto, há artes objetivamente dignas, e objetivamente indignas. Dentre as artes não indignas, há as formas que podem ser utilizadas no culto a Deus e há as que, obviamente, não podem.
Enfim, meu caro. Eu entendo a sua boa intenção, e espero que compreenda também a minha. Sua visão é ingênua e equivocada. Vc parte de um subjetivismo romântico e é bom deixar isto, pq não vai te levar a nada. Deixe que a Igreja te ensine e então compreenderás bem melhor.
Deus o abençoe.
Pax.