É importante entender que as virtudes naturais só têm um valor efetivo na condição de estarem integradas nas virtudes sobrenaturais, aquelas que pressupõem um tipo de morte. De fato, virtudes naturais não excluem o orgulho, a pior de todas as inconsistências lógicas, e o principal dos vícios. Somente a virtude sobrenatural - enraizada em Deus - exclui este vício que, aos olhos do Céu, cancela todas as virtudes. A virtude sobrenatural - a única que é integralmente humana - coincide portanto com a humildade; não necessariamente com o humilitarismo sentimental e individualista, mas com a consciência sincera e totalmente justificada do nosso nada diante de Deus e da nossa relatividade em relação aos outros. Para sermos concretos, nós dizemos que uma pessoa humilde está pronta para aceitar até uma crítica parcialmente injusta se ela contém um grão de verdade, e se ela vem de uma pessoa que é, se não perfeita, ao menos digna de respeito; uma pessoa humilde não está interessada em ter sua virtude reconhecida, mas em superar a si mesmo; logo, em agradar mais a Deus que aos homens.
Frithjof Schuon, To have a center
2 comentários:
Excelente texto!
Fabio, você ainda teria o livro "Fundamentos Biológicos da Castidade", do Pe. Luiz Monte, para download?
Por favor, Fábio, continue com as postagens. Deus abençoe você e sua família! Tenham uma santa quaresma
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