sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Semi-Férias!!! Eh!!!! To the Beach!!!


Amanhã estarei viajando... Vou a uma pousada, pertinho da praia, num tipo de "semi-férias". No fim do ano a coisa sai mais cara, e não temos condições para tal.. rs... Já é com aperto que nos decidimos fazer isto. Faremos algo que os amigos do Opus Dei chamam de "convívio". Pena irmos tão poucos, apenas cinco pessoas; iríamos seis, mas uma desistiu ainda ontem, devido a necessidades da Faculdade. Este mundo acadêmico tem seus profundos inconvenientes... Se estas ocasiões ainda fossem frequentes....

Bem.. Vou ver o mar.. Ah! o mar... Se eu pudesse viveria sempre pertinho. Alguns me chamarão de matuto (kkk) mas, mais matuto eu consideraria quem se pusesse indiferente diante de tal imensidão de beleza. Como não remetermo-nos, imediatamente, à grandeza e beleza do Criador? Se encantar-se com a majestade do mar é matutez, eu o sou com muito gosto.. kk... Pobres os que, pela proximidade e ordinariedade do contato, deixam de notar as belezas da vida...

Sempre me pareceu estranho que, embora o firmamento seja algo belíssimo e esteja sobre as nossas cabeças constantemente, tão poucos de nós paremos para observar-lhe. Eu sou encantado pelo céu, muito embora, admita, também passo tempos sem notar-lhe... Ah... A beleza está em todo canto... Outro dia, faltou energia à noite, e, de repente, abriu-se a nós um espetáculo no céu noturno: as estrelas se fizeram notar e me veio uma vontadezinha: "quem dera que todos os dias faltasse energia"... Porém, as luzes falsas, estas invenções das quais tanto nos gloriamos, nos ofuscam estas belezas. Não são assim as nossas vaidades? As nossas pretensões? Em nome destas coisas insignificantes deixamos de notar aquilo que é verdadeiramente belo..

Verei o mar, e não deixarei de admirar-lhe e sentir a maresia, e ouvir as ondas.. Mas buscarei fazer como o fazem as crianças: sem apego, sem querer roubar o momento ou intensificar o que, porventura, venha a sentir. Buscarei agir como pobre: nem quererei provocar nada, nem tampouco prolongar as sensações; serei como alguém que contempla uma rosa justamente onde ela está, sem cair na tentação de querer fazê-la sua... Tenho pra mim que a infância, por vezes, é tão querida porque nela vivemos, justamente, como pobres...

Há uma frase do Thomas Merton que muito me agradou quando a li pela primeira vez, e até hoje costuma me servir de norte em certas ocasiões: "tudo é teu, sob a condição de tudo te ser dado".. É justamente isto que permite uma atitude de leveza... irei de mãos vazias e voltarei assim também... Dessa forma, sem me apropriar de nada, poderei voar. Desde que nada desejo, tudo me é dado; autêntica teologia sanjuanista! Do contrário, diz o santo: "quanto mais procurei, com tanto menos me encontrei"...

Ah.. No lugar que vamos tem Santa Missa no domingo pela manhã... Que beleza..
Parece que Nosso Senhor é quem nos prepara esta viagem...
Que sirva, então, para mais O amar....

Fábio.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ó alma que és como um cavaleiro...

São constantes as batalhas que temos de enfrentar conosco mesmos... Percebo que temos que ser, ao menos na alma, bons artistas marciais, no verdadeiro sentido do termo... Neste processo, forçoso é que amadureçamos, que cresçamos e dos cristãos certas coisas são particularmente exigidas.

A beleza de uma vida imersa nestas lutas, embora talvez tão evidente a quem olha de fora, parece imperceptível ao que as enfrenta... Covardias, medos, egoísmos, formas mil do amor próprio... Por vezes, a coisa se torna bem dolorida e, tristes, arriscamos uma olhadela para o céu, numa hesitante expectativa daquela a quem São Francisco chamou a "irmã morte". Creio que são nestes combates que a morte vai perdendo seu caráter assombroso....

Nosso Senhor é um ótimo pedagogo... Na Grécia Antiga, aos candidatos a filósofos, era necessário que fossem formados também em Educação Física, que mais não era que a vida militar. Isto lhes servia para perceberem a fragilidade de seus corpos e a efemeridade da vida; uma vez que o fizessem, estariam em melhores condições de se elevarem às realidades imutáveis, a olharem pra cima, motivo pelo qual tinham que estudar também a astronomia.

Nosso Senhor faz algo semelhante. Ricardo de S. Vitor faz notar que, na Sagrada Escritura, o livro do Eclesiastes no qual este sentido do caráter passageiro é tão gritante, vem exatamente antes do livro do Cânticos, cujo simbolismo nos eleva àquelas terras bem-aventuradas e ao convívio dAquele que será a delícia dos nossos dias.

Ao lado das brilhantes promessas da Vida Eterna, Nosso Senhor nos faz ver, com clareza singular e, às vezes, grandemente incômoda, o nada desta vida. E as lutas continuam... A paz por vezes é pequena trégua entre as lutas... Vezes há em que ficamos muito aborrecidos e, talvez, decepcionados, e entre estas lutas, onde não escutamos nenhum fundo musical e onde, talvez, momentaneamente, suma de nossos olhos qualquer horizonte, Ele está a nos fortalecer, a nos amadurecer, a nos lapidar, silencioso, escondido, como sempre foi do Seu feito fazer...

É então que Ele nos sussura: "nada temas; crê somente".

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Devendo o término do artigo sobre a Pobreza

Assim que encontrar tempo, escreverei a segunda e última parte da exposição que iniciei abaixo sobre a virtude da Santa Pobreza.

"A pobreza é a nossa riqueza"
S. João da Cruz

Pax et bonum.

Fábio.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Assembléia Arquidiocesana em Maceió

Nos últimos dias 20 e 21 deste mês, estive em Maceió, no colégio Marista, próximo ao Seminário Nossa Senhora dos Prazeres, por ocasião da Assembléia Arquidiocesana para a primeira avaliação do Projeto de Evangelização 2009-2012.

Contamos, nesta ocasião, com a presença do senhor bispo Dom Antônio Muniz, juntamente com diversos sacerdotes responsáveis pelas diversas paróquias distribuídas pelo território alagoano. Também estavam presentes coordenadores e representantes de vários movimentos e pastorais.

A coisa lá andou meio esquisita. Embora se falasse de Fé, de Igreja, de Deus, a impressão é que o assunto era abordado apenas em pontos periféricos, acidentais, superficiais. Não se foi ao centro da questão. Falou-se de santidade, mas não se explicou o que isso significava. Talvez se assumiu como pressuposto que todos deveriam saber do que se tratava. Os discursos começavam a pender sempre mais para o lado social, o que a princípio não é um mal, desde que se ponha isto no seu devido lugar. Mesmo o Concílio Vaticano II, que certos sofistas afirmam defender integralmente, ainda que à sua maneira, afirma claramente que a ação se submete à contemplação....

Algo, porém, que achei interessante foi ver que o ecumenismo, entendido como sincretismo, ainda não adentrou naquele ambiente. Ouvi sérias críticas a personalidades protestantes, tais como RR Soares, Silas Malafaia, e outros gurus midiáticos que andam a celebrar as sessões de "descarrego" dos bolsos dos incautos. Outro movimento também, seriamente espetado, foi a RCC, a partir de uma alusão claríssima à prática do "Repouso no Espírito", comum a este grupo. Importante ressaltar que lá estavam carismáticos, inclusive membros de Comunidades de Vida.

Um outro ponto interessante aconteceu já próximo ao final do evento; um membro da "Pastoral da Terra", movimento particularmente afeto à ideologia comunista e que traz a fama de baderneiro, pôs-se a solicitar que a Igreja de Maceió providenciasse uma séria formação dentro da Doutrina Social da Igreja. Recomendava ele que se contratasse algum perito nesta área e que pudesse passar o assunto de forma acessível. Não sei se o rapaz sabe, mas a diferença entre a Doutrina Social da Igreja e a ideologia marxista é gritante...

Sinto dizer que os pontos positivos terminam assim. Poderia também citar a disponibilidade de todas aquelas pessoas, mas isto se daria de uma forma ou de outra. Muitos ali, creio, são sinceros, mas ainda não têm uma formação sistemática sobre a crise da Igreja e sobre certas nocividades que a ferem por dentro.

A citação de Dom Helder Câmara era constante. Lá se encontravam cds e livros sobre o dito "bispo da paz". Até mesmo um video contendo uma mensagem com a sua voz, na qual ele chama Nossa Senhora pelo estranho nome de "Mariama", fez-se ouvir no auditório onde estávamos reunidos.

A saudação do "Axé" também apareceu pelo menos umas duas vezes, acompanhada de uma breve crítica do bispo aos que se desagradam destes termos, onde ele afirmava que a terminologia deve se adaptar. Fazia referência também ao termo "Deus mãe". Além destas, outras expressões de cunho africano, até pela data em que ocorria o encontro, estiveram presentes em algumas músicas, dentre as quais posso citar  a "negro nabor" ou algo assim, que particularmente não sei do que se trata.

No domingo, pela manhã, houve Santa Missa. As músicas eram cantadas no ritmo do forró, numa tentativa desastrada de fazer inculturação, caindo, feiamente, num regionalismo, desprezando a determinação litúrgica, presente mesmo na Sacrosantum Concilium, que trata da universalidade das formas como requisito da verdadeira música litúrgica, sendo o canto gregoriano o exemplo perfeito desta prescrição.

Muito embora a letra do "Glória" fosse litúrgica, o que é raro acontecer, a do "Santo" não o foi. A do "Ato Penitencial", então, nem se fala. Mais triste ainda, porém, foi ver que no momento da Consagração, apenas cerca de 10% das pessoas alí presentes se ajoelharam, e os músicos sequer estavam voltados para o altar. Havemos de convir ainda que os que ali se faziam presentes se pretendiam pessoas "de caminhada"; muito estranho e triste.... Talvez me chamassem de formalista, de rubricista, mas não fui eu quem prescreveu o ato de ajoelhar-se neste momento santo, foi a Igreja. Também não fui eu quem disse que a adoração a Deus é um ato de todo o ser, inclusive também do corpo, foi o Santo Padre Bento XVI.

Outra coisa que me preocupou foi o material do Cálice. Não sei se vi direito, eu estava longe; mas parecia-me que era feito de vidro.. Fiquei na dúvida... Espero sinceramente que não, pois é outra determinação claríssima da Santa Igreja que os materiais destinados a conter o adorável Corpo e o adorável Sangue de Nosso Senhor sejam nobres, e isto é inegociável...

Houve ainda um diácono que vi a criticar o feliz hábito da confissão semanal. Falava indignado, que isto era brincar com o Sacramento, e não conversava com desavisados, mas com padres e leigos representantes de suas respectivas paróquias.

Enfim, pontos positivos, houve. Mas, parece que os pontos negativos se sobressaíram...
Lá estiveram muitos padres; nenhuma menção, porém, sobre a necessidade da confissão, sobre a realidade do pecado mortal, sobre a necessidade do estado de Graça, sobre a oração do terço. Ouvi, é verdade, uma breve recomendação da vida sacramental e outra mais enfática sobre a necessidade da oração, mas a coisa ficou por demais solta... Tenho saldades dos discursos a respeito das virtudes teologais, das virtudes cardeais, das práticas devocionais, dos gestos anagógicos.. coisa que só vejo nos livros e só escuto nas conversas com os amigos.

Mas talvez eu esperasse coisa até pior...
Só peço a Nosso Senhor que proteja a Sua Igreja de todo erro, e, humildemente, solicito a interceção de S. Pio X e de S. Pio de Pietrelcina, que tanto amaram a Igreja, para que, de fato, Deus prevaleça, já agora, contra os Seus inimigos.

Fábio.

A questão do respeito humano

Sempre ataquei muito este incômodo vício, disfarce do amor próprio, mas sempre fui, eu mesmo, cativo deste cuidado inútil. Estes dias, porém, Nosso Senhor veio me mostrando certas coisas, e me fez ver, com maior clareza, a inutilidade desta atitude... Tenho o propósito de deixar disso, mas, quando diante de uma situação que move este vício, a minha covardia, por vezes, me impele à atitude mais confortável.

Embora eu não abra mão da posição que defendo, é comum que a exponha com excessivo cuidado, como que a fazer carinhos... E isto é muito enfadonho. Nestes dias em que Nosso Senhor me aponta este defeito, peço a Ele que me ensine a deixar estes pantins, e peço também aos amigos que rezem por mim neste sentido. Embora eu, talvez, não demonstre, sou muito inseguro...

Peço ao Amado Senhor que me dê a intrepidez dos Apóstolos...
Sentarei aos Seus pés, O olharei e ouvirei..
E Vós, Sublime Sol, lançai sobre a minha alma um raio de vossa divindade, e modelai-me conforme os Vossos desejos....

"Dá-me o que me mandas, e manda o que quiseres"

Mancipia Christi
Tottus Tuus, Mariae

Fábio.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Só os pobres agradam a Deus


Deus Pai diz a Santa Catarina de Sena que a humildade, fruto do conhecimento de si mesmo, é a raiz de todas as virtudes. Ora, se falta a raiz, como haver virtude? A humildade, ou pobreza cristã, é uma virtude altíssima. Ela é uma via perfeita de imitação do Cristo, que foi e é pobre. Qualquer resistência a esta verdade implica num falso conceito, ou da pobreza evangélica, ou da pessoa do Cristo.

Todo pecado constitui uma conversão às criaturas e à falsa satisfação que elas oferecem, e uma aversão a Deus. No entanto, é comum que a maior parte dos pecados sejam como que uma fuga de Deus. O vício, porém, oposto à pobreza, a soberba, é o único que não foge, mas se opõe a Deus. E é dito ainda que são a estes que Nosso Senhor resiste. Se alguém descuida da pobreza, suas atitudes mancham-se mais facilmente do amor próprio, que enfeia tudo. Pessoas embevecidas com a própria maestria, que consideram-se um presente para o mundo, predestinados infalivelmente ao Céu e a uma particularidade do prêmio eterno, são um tipo muito comum. E, por vezes, se deixam acompanhar por uma certa encenação de suposta humildade que bem poderíamos chamar de "coitadismo" e que nada mais visa senão provocar admiração nos admiradores da humildade. A coisa, porém, é por demais desafinada... Como escreveu S. João da Cruz, qualquer espírito que pretenda caminhar por prazeres e honras, fugindo de imitar a Cristo, não o teria eu por bom.

A pobreza, movimento da alma oposto ao da soberba,  abraça a Deus e O ama...
Para o pobre é suficiente estar com Ele e saber que, não obstante a repugnância do pecador, Deus o abraça e o quer. Esta virtude, porém, como já escrevi outras vezes, não consiste em qualquer timidez ou medo, nem qualquer tendência à ofensa de si mesmo; não se trata de inventar coisas, mas de conhecer-se. A pobreza ou humildade é uma objetividade na consideração de si mesmo. Quando um S. Francisco de Assis ou outro santo qualquer falavam da sua pequenez e miséria, isto não era qualquer afirmação gratuita, mas, ao contrário, era fruto de uma clareza particular. Por isto, a grande Teresa D'Avila ensina que "a humildade é a verdade".

Outros santos dizem ainda que uma carruagem cheia de virtudes, mas conduzida pela vaidade, leva ao inferno, enquanto que, uma outra carrega de pecados, mas conduzida pela humildade, leva ao Céu. O demônio enraivece-se com Sta Catarina porque, ao humilhá-la, ela voltava-se à misericórdia divina e, ao elevá-la, a sua humildade se rebaixava aos infernos, indo atormentá-lo. Não há santidade sem pobreza e, embora isto seja tão evidente, quase nenhum cuidado há por parte de certos cristãos neste sentido. Não deixa de ser particularmente curioso que, no seguimento de um Deus que se fez homem e, feito homem, tornou-se escravo e, como tal, não teve onde nascer, não teve onde reclinar-se e morreu humilhado numa Cruz, abandonado - não deixa de ser curioso e imensamente contraditório que alguns de seus seguidores pretendam trilhar caminho precisamente oposto, de glórias, de elogios, de aclamações. Não temem um dia escutar: "já recebeste vossa recompensa"? E aqui podemos aprofundar ainda mais na compreensão da pobreza cristã; um Deus a viveu e ensinou; não é qualquer coisa...

O amor a Deus, quando perfeito, não O ama por causa do Céu, mas por Ele mesmo. Já pedira uma santa que, se amasse a Deus por causa do Céu, Ele a excluísse dele; se, porém, o amasse por medo do inferno, Ele a atirasse aí; mas se o amor que a consumia fosse por Ele mesmo, que Ele, por favor, não lhe escondesse a Sua face. O mesmo diz um poema atribuído a Santa Teresa, onde se lê algo neste sentido: "Mesmo que não houvesse Céu, eu te amaria como te amo; mesmo que não houvesse inferno, eu te temeria como te temo. O que me move a te amar, és Tu mesmo".

Vemos, então, que a pobreza é a possibilitadora do verdadeiro amor e isto é grandioso. É ela que permite o que os santos chamam de "pureza de intenção". Esta radiante virtude tem seu máximo expoente no Cristo crucificado e na Virgem Santissima. Portanto, ser pobre, verdadeiramente, é imitá-Los, ou seja, não se pode imitá-Los sem cultivar a pobreza espiritual. Esta, porém, grande inimiga da timidez, é amiga íntima da magnanimidade. A pobreza rejeita o pequenino e fútil pelo verdadeiro Bem. Esta verdade se expressa em várias passagens da Sagrada Escritura. Portanto, ser pobre é, de certa forma, ser ousado e, desprezar as coisas rasteiras por erguer os olhos ao Céu. É rejeitar sentar-se num trono de rei para estar, ao invés, sentado sobre todo o orbe terrestre.

Certa vez, eu estive a fazer uma pregação sobre o ódio a si mesmo; depois de citar inúmeros exemplos e máximas de santos, um amigo meu, que me acompanhava, disse-me no intervalo: mostre não somente o edifício, mas também as portas... Pois bem, tratemos de algumas formas de praticar a pobreza, pois, embora eminentemente interior, ela se reflete na conduta. São Francisco de Assis é exemplo luminoso disto, embora nem todos estejamos obrigados a viver esta virtude naquelas supremas alturas em que ele viveu. São Francisco é prova da potencialidade humana ao infinito.

Como há inúmeras formas de se viver esta virtude, há quem enfatize esta ou aquela. Grande erro, porém, é reputá-la a uma atitude meramente exterior. As virtudes cristãs não são coisa que qualquer ator possa praticar. A mera imitação, como já escrevi, torna-se um caricato sem graça, ou melhor, de fazer graça...

Sobre as formas de se praticar a pobreza, escreverei log em breve, pois agora estou meio ocupado... Mas adianto: melhor seria ler um bom místico, doutor ou qualquer pessoa mais instruída. O que aqui digo, embora mui verdadeiro, parece menor em virtude da pessoa que diz e pelo modo como diz. Mesmo assim, logo mais, continuo...

Como dizem os nordestinos, "inté"....

Fábio.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Texto retirado do blog "Anjos"

Fui forçado a retirar do blog Anjos de Adoração um texto referente a uma problemática aqui da paróquia. A coisa está ainda a nível de segredo, de modo que foi imprudência minha escrever aquele artigo, ainda que sem expor os pormenores da questão. Muito embora eu o tenha retirado da parte visível aos leitores, salvei-o como rascunho. Talvez, futuramente, ele possa ser, de novo, disponibilizado. A questão, porém, é um tanto séria... Aguardemos pra ver no que vai dar.

Tottus Tuus Mariae

Fábio Luciano

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

As pedras também são...


Ontem à noite, estive conversando com um colega formado em música e, em dado momento, citei o ingênuo Descartes, como lhe chama o incômodo pensador francês Léon Bloy, e a sua fórmula do Cogito. Apenas perguntei se ele conhecia a célebre falácia "penso, logo sou" e, imediatamente, ele me retrucou que tal assertiva caíra em desuso, pois uma pedra, embora não pense, é.

Bem.. Embora tal resposta, dada pelo meu colega músico, seja tão óbvia, fiquei imensamente feliz ao ver que ele, ainda que não adentrado nestes campos filosóficos e religiosos (até onde eu sei), constatou com uma grande naturalidade a fragilidade desta falsa afirmação. Outros, até pela inventada autoridade deste pensador, facilmente diriam que isto está certo, mas meu colega soube olhar direito.  Porém, embora assim fosse, não sei se ele percebia a relação entre este erro do "pai da filosofia moderna" e a ditadura de achismos a que assistimos nos dias de hoje, mesmo nas universidades onde, ironicamente, a verdade, por vezes, nem é considerada.

Quis alongar a conversa neste assunto; fiquei faminto por isto, mas tínhamos outras obrigações a fazer. Precisávamos selecionar algumas músicas para um projeto num futuro bem próximo. Mas, enfim, algo tão simples me fez sorrir... Que Deus abençoe este meu colega e o traga, de vez, ao abrigo da verdade.

Fábio.

sábado, 7 de novembro de 2009

Que alegria ouvir uma pregação sobre os Novíssimos!!!


O Pe. Iran não cessa de me surpreender. Ultimamente, graças a Deus, ele tem se apresentado sempre de batina, tem falado expressamente do "Santo Sacrifício da Missa" e, ontem, para minha feliz surpresa, o ouvi pregar sobre os Novíssimos!!! Falou claramente sobre o Inferno e que há sim quem para lá rume; tratou do Purgatório e disse que lá há quem ficará até o fim dos tempos.. enfim, falou da alegria do Céu...

Ah.. Que bom é ouvir uma pregação com tal clareza, com tal fidelidade ao ensino da Igreja, sem as misturas ideológicas que se costumam fazer, sem as manipulações de sentido das passagens evangélicas... Ah padre, fiquei muito feliz...

Que Deus o guarde e santifique, para a Glória do Pai, para a sua salvação e para o bem das almas ao senhor confiadas...

Arigato Gozaimasu!

Fábio.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ele está chegando...


Nem ainda adentramos no Advento, e já ando no aguardo deste Infante que vem à terra nos dar alegria...
Como não sentir os perfumes deste Soberano que já se aproxima?

Como já dizia uma santa: "O coração puro, de longe, Senhor, vos perceberá"
Meu coração ainda não é puro, Amado.... Mas fá-lo-ás ficar...
E então, serei só amor....

Totus Tuus Mariae.

Fábio...