O conhecimento unitivo e místico de Deus é "uma escuridão inefável e, contudo, uma luz essencial. Chama-se um incompreensível e solitário deserto. E isto certamente o é. Ninguém pode encontrar seu caminho ao atravessá-lo, nem ver alguns marcos, pois não existem tais pontos de referência que, pelos homens, possam ser reconhecidos. Por "escuridão" deve-se aqui entender uma luz que jamais iluminará uma inteligência criada; uma luz que jamais poderá ser naturalmente compreendida. Chamam-na de desértica, pois não há qualquer estrada que a ela conduza. Para ali chegar tem a alma de ser levada a ultrapassar-se para além de todo o seu entendimento. Pode, então, beber das águas do riacho em sua própria fonte, daquelas águas verdadeiras e essenciais. Nessa fonte, a água é agradável, fresca e pura como todo riacho é agradável antes de haver perdido seu delicioso frescor e pureza."
Tauler, Conferências Espirituais
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