sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Medos e Desejos - causas da agitação na alma


A Santa Igreja e os seus santos nos ensinam e recomendam a cultivar a paz interior. É o que diz, por exemplo, S. João da Cruz: "dá-te à tranquilidade", Sta Teresinha de Lisieux, S. Pio de Pietrelcina, entre tantos outros. Há, na espiritualidade católica, grande estima pelo silêncio, pela quietude, pela solidão. O Céu mesmo é, às vezes, retratado como um repouso.

A agitação, ao contrário, perturba a alma. Podemos observar a diferença abismal entre uma alma em paz e outras que se deixam agitar, no evento evangélico da tempestade. As ondas se agitam, os Apóstolos imitam-lhes com o coração e, enquanto isto, o que faz Jesus? Dorme... Uma vez despertado, Jesus faz que o mar se assemelhe à quietude e ordem do seu interior, e tudo silencia....

No mesmo sentido, na casa de Marta e Maria, Jesus elogia esta última por manter-se em paz quieta, afirmando que esta é a melhor parte.

A agitação está na multiplicidade. A paz na unidade e totalidade. Um dos demônios expulsos por Jesus se chamava legião, pois, na verdade, eram muitos. A multiplicidade agita. A unicidade acalma. Quando destacamos algo na multidão, não estamos seguindo a unicidade, pois estabelecemos, no mínimo, uma dualidade entre o que escolhemos e os demais objetos. A multiplicidade permanece. É preciso prezar pela totalidade e, como dizia Sta Clara a S. Francisco de Assis, se notarmos bem, veremos que só existe uma verdade: "Deus é"...

Na mística sanjuanista, a virtude teologal da caridade exige-nos que concentremos todo o nosso afeto em Deus; só assim, amando-O somente, amaremos ordenadamente tudo o que por meio dEle se fez. Quando, porém, não O amamos, perdemo-nos na multiplicidade de objetos, ignorando os laços comuns que os unem e, consequentemente, nosso afeto se dirige a mil direções.

Daí surgem o desejo e o medo. O desejo, agindo sobre a vontade, impele-nos a mil coisas; agita-nos enquanto nos denuncia a falta de algo e se lança, de forma irrefletida, sobre qualquer brilho que perceba nas criaturas. O medo, como um desejo inverso, impele-nos, não em direção a certas coisas, mas em direção oposta; ele nos põe em fuga... O medo nada mais é do que o desejo de que tal situação não se dê.

E, escravos destes dois, do desejo e do medo, nos comportamos como marionetes, passando o dia perseguindo certas coisas e fugindo de outras e, enquanto isto, passa o tempo, e do silêncio somente conhecemos o nome, e da solidão somente sabemos a existência. Nossos inimigos movem-nos à força de ilusões... O amor próprio brinca conosco; sugere ameaças inexistentes, como miragens no deserto, para que nos cansemos numa corrida inútil; enquanto isto, nos apresenta falsos brilhos, sólidos como fumaça, para que, ridiculamente, nos distraiamos com o nosso nada... Verdade suprema é o que disse, certa vez, um anjo a S. Francisco: "Espumas.. Eis quanto pesam os sonhos dos homens".

"Não goste nem desgoste", foi o que li certa vez, e vários paralelos de mesmíssimo sentido se encontram distribuídos nos bons livros espirituais. É preciso educar bem a nossa vontade, a nossa imaginação que, como dizia Sta Teresa D'Avila, "é a louca da casa", disciplinar o nosso interior para que não se tensione em fantasias, medos ilusórios, desejos fúteis, mas, ao contrário, se atenha sobre a Verdade. Esta não muda, abrange toda substância e, se nos firmarmos sobre ela, poderemos, enfim, descansar e silenciar...

"A nada ame com particularidade" S. João da Cruz
"Cessai, e vede que sou Deus" (Sl 45,11)

Fábio.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Homilia Gnóstica??


Tenho, ultimamente, contado de algumas experiências desagradáveis que tenho tido com relação ao trato que certos católicos dão à liturgia e a algumas questões doutrinárias. Pois bem, aqui vai mais uma...

Ontem, graças a Deus, tivemos Santa Missa. O padre, que eu não conhecia, parecia simpático, mas falou algo estranhíssimo na homilia.

Discorrendo a respeito do mal, arriscou dizer algo deste tipo: “a Santa Igreja coloca o mal quase que à mesma altura de Deus. A diferença entre um e outro é que Deus nos ama” (???)

Obviamente, a Santa Igreja nunca disse tal coisa. Depois, o padre parece, aqui, conceber a existência de dois princípios opostos, substanciais, e de mesma força, apenas com uma diferença: o bem nos ama. Gnose? É... parece que sim.

Teria o padre convicção do que disse? Ou teria sido algum tipo de afirmação descuidada? Talvez os dois....rs...

Só fico a me perguntar: o que estão a aprender os religiosos e padres nos conventos e seminários?

Vejo uma semelhança entre isto e o que aconteceu na faculdade de filosofia que eu frequentava: assim como lá, onde se doutrina o Marxismo, puseram um ignorante (no verdadeiro sentido da palavra) pra ensinar Filosofia Medieval, com o intuito, talvez, de providenciar para que o conhecimento metafísico dos alunos fosse tão medíocre ao ponto de não perceberem qualquer problema no materialismo, assim também o discurso de certos padres, enquanto não mudar, não apresenta qualquer ameaça para o mundo e seus sofismas. Não é à toa, então, o abandono de Sto Tomás dos seminários, e sua substituição pelo ingênuo Descartes, como Léon Bloy o define, juntamente com outros pseudo-filósofos modernos. Não, realmente não é à toa. Se não há um sujeito humano desta ação (teoria que parece indefensável), há, ao menos, um personagem infernal por trás da mudança funesta. Trocar Filosofia por certos textinhos acadêmicos dá nisso. No fim, tem-se um diploma que, como diz o Olavo de Carvalho, mais não é que um atestado de ignorância que permite dizer abobrinhas com cara de esperto.

Aiai...

Fábio Luciano

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Quando o erro se torna obstinação


Artista moderno das liturgias modernas

Ontem à noite, não houve Santa Missa... Devido à morte da mãe do Pe. Francisco, este não compareceu; houve uma tentativa de contactar o padre Guimarães, de uma cidade vizinha, mas nada ficou certo. Houve "Celebração da Palavra".. O que ali se viu era algo realmente deplorável... A começar pelas músicas, dedicadas ao famoso Pe. Cícero que não pode ser cultuado. Ainda por cima, o ritmo dos cânticos lembrava qualquer batuque ou apresentação de uma banda de forró, não fosse a desafinação do vocalista. Havia até um baterista que "mandava ver" no seu discreto instrumento... Só pra se ter uma idéia, o "Cordeiro de Deus" foi cantado no ritmo da "Asa Branca" do Luiz Gonzaga... Não me admirarei se, dentro em pouco, Billie Jean, do falecido Michael Jackson, fôr o fundo musical da procissão de entrada.. Quem sabe até um acólito não arrisca entrar de costas, executando um perfeito "Moon walker"? Rs...

O único motivo pelo qual fiquei, foi porque pensei que, no meio daquelas profanações (tenho outros nomes praquilo, mas todos inconvenientes com o espaço sagrado onde se deram...), eu poderia ser um dos que estariam com Ele. Não O quis abandonar só às recreações infernais daqueles devassos... Mesmo quando não pode fazer nada, a presença de um amigo conforta; talvez seja pretensão minha a de supor que poderia, de alguma forma, diminuir os destratos ao Cristo, permanecendo com Ele, negando-me a fazer parte da "bagunça litúrgica" que ali acontecia. Mas... Fiquei... Minha possível pretensão era bem intencionada.

Antes de se iniciar o "martírio" da Liturgia, um amigo veio conversar comigo a respeito de certos costumes adotados por alguns católicos de hoje. No meio da conversa, falou-me de um rapaz, ao qual já dei formação, que afirmou discordar de certos ensinamentos da Igreja e criticou-lhe o caráter hierárquico. Nas formações que dou, há sempre o espaço para que se levantem questionamentos, dúvidas e objeções e, quando estas são postas, faço o possível por clarificá-las, de modo que os amigos terminam dizendo-se convencidos. Este, porém, pareceu obstinar-se no erro, mesmo diante dos argumentos apresentados. Baseava-se a sua obstinação num achismo pessoal. O seu contra-argumento sempre se iniciava com um "eu acho que"... Fato é que abandonou as aulas...

Não deixa de ser algo misterioso que alguém se arvore o direito de achar coisas a despeito do que a Igreja afirma. Uma coisa são as dúvidas sinceras, outra a permanência irracional no erro. Esta soberba luciferina e luterana parece animar muitos dos católicos hodiernos. Além disto, constata-se a total falta de objetividade, e esta soberba mesmíssima foi o que inspirou meio mundo de cismáticos e hereges. O orgulho humano realmente parece um poço sem fundo que desemboca, obviamente, no próprio salão central do inferno. Esta vaidade é a porta principal para que lá se chegue...

No caso deste rapaz, que muito estimo, na verdade, o que há não é uma ignorância, como a de muitos "romeiros" da referida celebração; o que há, nesta particularidade, é uma decisão livre pelo erro e, como diz S. Tiago, o que sabe fazer o bem e não o faz, peca.

Duas coisas a se vencer: o orgulho e a ignorância. Esta última é mais fácil de se tirar, mas há mesmo quem carregue as duas.

Realmente... tempos difíceis..

Fábio

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Que tempos tão estranhos os que vivemos...


Diariamente, aqui, do lado, constatamos os efeitos desta grande crise pela qual passa a Santa Igreja. E quantos vemos lutar contra ela? Ao contrário, o que noto nos semblantes é um sorriso cúmplice, uma obstinação em fazer do próprio jeito, em mudar as coisas, em apresentar o próprio "brilho", que mais não faz senão ofuscar.

Muitos neste processo agem como marionetes ingênuas, seguindo apenas a direção deste vendo escuro qual fumaça; mas outros há que, diante das manifestações de fé menos ortodoxas, quase soltam gritinhos de prazer. Gozam destas coisas como se fossem vitórias... mas vitórias contra quem? Saberão dizer?

Neste meio, como não entristecer-se? Como não experimentar aquilo que os exilados de Sião sentiam às margens do rio? Que estranho é ver os habitantes de nossa Pátria, todos acostumados ao exílio, ao ponto de quererem misturar as coisas... Que grotescas são recreações no Calvário, as palminhas, certas expressões usadas, ideologias vomitadas, todo tipo de profanações que, por seu caráter mais ou menos velado, alcançam a aprovação dos presentes.

Deus meu, até quando suportarás? Até quando assistirás estas zombarias quieto?
Se nós, que nem sabemos amar direito, nos entristecemos, o que não sentirás Tu, adorável Amor?
Eu gostaria de poder chorar...

Fábio.

Quando discutir é inútil


Nestes últimos dias, estive entranhado em algumas discussões doutrinárias, das quais pouco ou nenhum resultado se obteve. Conversava nestas ocasiões com alguns protestantes desaforados e outros carismáticos sentimentais que, passando ao largo dos argumentos usados, sabiam me ofender muito bem e julgar as minhas intenções como verdadeiros aprendizes do inferno... Que Deus os recompense tamanha generosidade.

É verdade que de uma boa discussão pode-se sair algo, mas isto quando as partes no mínimo se respeitam e se permitem expor os argumentos, centrando o diálogo no conteúdo destes mesmos argumentos. Método de covardes é, no entanto, distrair a conversa para as ofensas pessoais, dando a impressão, aos menos avisados, de que a ofensa gratuita é sinal de convicção.

Da retórica protestante que cheira a enxofre, livrai-nos Senhor;
Da retória carismática "ad hominem", livrai-nos Senhor.

Do sentimentalismo e sensacionalismo que entorpece a visão, livrai-nos Senhor.
Dos caricatos mal feitos dos carismas apostólicos, livrai-nos Senhor.

Que Deus ilumine as trevas de certos corações, para que se abram, senão à luz do Céu, ao menos a um mínimo de respeito e objetividade....

Que assim seja, amém.

Fábio.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DOCUMENTÁRIO SOBRE SÃO RAFAEL ARNÁIZ - TRAILER



A vida do Irmão Rafael foi uma vida de intensa busca de Deus e, à medida em que ia experimentando em si mesmo a santa presença do Senhor, era levado a uma entrega cada vez maior, chegando ao anseio mais profundo da alma, que o conduz sempre mais a uma renuncia total, dando à luz o que poderíamos chamar de seu selo e assinatura: Só Deus… Só Deus … Só Deus …

Neste video-documentário gravado na Espanha, se poderá percorrer os momentos mais importantes de sua vida, sua infância e juventude, seus anseios, sua entrega a Deus, sua mística, e além disso, tudo o que o Irmão Rafael faz “hoje em dia” no mundo através de sua mensagem.

O vídeo consta de duas partes. Na primeira, se poderá apreciar sua história, desfrutando-se dos momentos mais belos da silenciosa vida do trapista. Na segunda, se poderá ver e escutar os testemunhos mais autorizados sobre sua pessoa.

Duração: 1º parte: 48 minutos - 2º parte: 36 minutos

Fonte: http://rafaelarnaiz.blogspot.com/

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O Amor não é amado porque Maria não é amada


"O Amor não é amado", diria S. Francisco de Assis. São Luís Maria explicaria que isto se dá porque Ela, a Mãe do Amor, não é amada. Naturalmente, para amar algo, precisamos conhecer este algo. Somente o conhecemos quando com ele passamos tempo e o observamos. Quando fazemos isto, é natural que, dependendo da excelência do objeto observado, desperte-nos interiomente o desejo deste algo. Isto experienciamos diariamente. Devido à nossa desordem na afetividade, os meios que participam da excelência divina aparecem-nos, devido à sua imediatez e à nossa miopia, como fins, desejáveis em si mesmos... Tal é o caso em que, observando uma garota bela, o garoto arde em sua concupiscência, quando, ao contrário, aquela beleza participada deveria o elevar à Beleza em si, que é Deus.

Para amarmos o Filho, forçoso é amar a Mãe; para amá-la, necessário é conhecê-la e, para tal, passar tempo com ela... Este é o testemunho de inúmeros santos e, não obstante isto, quão pouco nos motivamos, vários de nós, a adentrar neste Mistério de Deus que é a Virgem. É Ela quem nos gera para a eternidade e quem nos ensina a amar o Verbo de Deus. Maria é, pois, necessária para a Salvação, não por si mesma, mas porque Deus assim o quis... O Altíssimo quis elevar aquela que, embora revestida de tão excelsas graças, fez-se humilde e pobre. Esta sua grandeza, porém, ainda discreta aos homens, só pode ser percebida quando lhe investimos nosso tempo... Se pararmos para observar Maria, pedindo que o próprio Deus abra os nossos olhos para os seus esplendores, veremos que graciosa é, acima das descrições dos santos e dos escritos dos poetas... Mais eloquente é o silêncio e, como escreveu S. Luís Maria, citando um outro santo: Hic taceat omnis lingua - Toda língua aqui emudeça.

Quando conheço a Mãe, passo a amá-la. É então que ela me apresenta o Filho e, conhecendo-O, O amo. É simples.... Dizia alguém que a distância menor entre dois pontos é a simplicidade. Maria é, ela mesma, a Simplicidade que traz nos braços o Infante Onipotente e Pobre. Para compreendermos o Mistério do Natal que se avizinha, devemos entrar naquela gruta, naquele escondimento onde Ela nos conduz à contemplação do Amor encarnado. É sempre ela quem nos mostra...

Agradeço, Senhor, porque começo a compreender...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Rezar...


"Rezar é tirar água do poço. Mas... e se o poço estiver vazio?"
Sta Teresa D'Avila

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Os sofrimentos e a vida eterna - Imitação de Cristo


Jesus Cristo - Filho, não esmoreças nos trabalhos que empreendeste por Meu amor, nem desanimes com as tribulações, mas em todas as circunstâncias a Minha promessa te deve dar força e alegria.

Posso, com efeito, recompensar-te acima de todas as medidas e limites. Não trabalharás aqui durante muito tempo, nem sempre viverás oprimido pelos sofrimentos. Espera um pouco, e verás quão depressa acabam os males.

Chegará a hora em que cessarão todas as fadigas e angústias. Tudo aquilo que passa com o tempo é pouco e breve.

Faz com cuidado o que deves fazer; trabalha conscienciosamente na Minha vinha; a tua paga serei Eu.

Escreve, lê, suspira, guarda silêncio, fala, reza, sofre varonilmente a adversidade; a vida eterna bem merece ser comprada por estes e por outros combates ainda maiores.

A paz há-de chegar no dia que só o Senhor conhece, e não haverá mais dias e noites, como no tempo presente, mas será uma luz eterna, um esplendor infinito, uma paz inalterável, um repouso seguro.

Então não dirás: "Quem me libertará deste corpo de morte?" (Rm 7,24). Nem exclamarás: "Ai de mim, que se prolongou o meu exílio" (Sl 119,5). Porque a morte será destruída e a salvação será eterna ; não haverá mais ansiedade, mas alegria bem-aventurada, doçura da sociedade celeste e da formosura do Paraíso.

Oh! Se visses as coroas imortais que os Meus Santos possuem no Céu, e a glória de que agora gozam aqueles que neste mundo eram desprezados e até julgados indignos de viver! Certamente prostrar-te-ias até ao chão e preferirias antes estar sujeito a todos os homens do que mandar apenas num.

Não cobiçarias os dias felizes desta vida; pelo contrário, quererias ser atribulado por amor de Deus e considerarias grande vantagem ser tido por nada entre os homens.

Oh! Se experimentasses estas coisas e elas penetrassem até ao fundo do teu coração, como ousarias queixar-te uma vez que fosse?

Não te parece que para alcançar a vida eterna todas as penas se tornam toleráveis? Será pouca coisa perder ou conquistar o reino de Deus?

Levante os olhos para o Céu. Ali é onde Eu habito com todos os Meus Santos; eles travaram na terra grandes combates; agora regozijam-se e estão cheios de consolação e segurança; agora descansam em paz e permanecerão para sempre comigo no reio de Meu Pai.

Alma - Ó beatíssima mansão da cidade celestial! Ó dia luminoso da eternidade que nenhuma noite obscurece, mas que sempre brilha com os raios da soberana Verdade! Ó dia sempre alegre, sempre tranquilo, livre de qualquer vicissitude!

Quem me der que despontasse já este dia e findassem todas as preocupações materiais! Com efeito, este dia já resplandece para os Santos com a sua perpétua e esplêndida luz; porém, para nós, só se vislumbra ao longe e como através de um espelho.

Imitação de Cristo, Livro III, Cap XLVII.