sábado, 5 de setembro de 2009

Igual a sushi!



“O amigo fala do amigo”. Isso, ou quase isso, escreve S. Josemaria no seu livro “O Caminho”. Diz o santo que, ao se encontrarem, os cristãos enamorados do Senhor quase que só sabem falar de um assunto: Jesus.

Muito embora cheio de misérias, eu posso dizer que faço esta experiência. Arriscando-me a ser enfadonho, trago sempre nos lábios o incômodo, mas sumamente doce nome de Jesus. Há quem me evite, e há quem deseje ser mais politicamente correto. Mas, que bom que não faço esta experiência sozinho. Comigo, há também outros que não se cansam de tratar de tão delicioso tema. E isto não nos é pesado, embora, misteriosamente, desagrade a muitos.

Considero que juntar os amigos para conversar, sem, no entanto, tratar de Jesus e daquilo que se Lhe relaciona, seria como comer sushi, peixe cru... seria algo sem gosto e sem graça. Sei que há quem se agrade destas coisas, mas eu penso que seria mais natural comer peixe cru antes de se ter descoberto o fogo. E, que bom, descobrimos o fogo! “Eu vim trazer fogo à terra, e como desejo que esteja aceso!”.

Pois bem! Depois de conhecer o ardor do fogo divino, como contentar-se a comer peixe cru? Não! Saboreemo-Lo e nos queimemos! Experimentemos que delícia é tratar de tão doce Esposo! Quando Lhe pronunciamos o nome, é como se os lábios se untassem de mel, e, coisa admirável, tal alimento não sacia, antes aumenta a fome até devorar-nos a alma. É chama saborosa!

Desculpem-me os colegas que desejam férias da religião.. desculpem-me os outros que desejam tratar das coisas do espírito somente em momentos definidos do dia, e em ambientes muito específicos... Só sei falar dEle, em qualquer lugar e em toda a hora. Ele é o Sol em torno do qual gravitam todos os meus pensamentos e sentimentos. Mesmo as minhas maiores torpezas, só o são em relação a Ele.

Ah, Senhor, teus amores são mais deliciosos que o vinho! Inebriarei-me de Ti. Sem o fogo do teu amor, já tudo perde o sabor e se torna sem graça. Não te escondas, Senhor, pois és a delícia dos meus dias...

Fábio Luciano

2 comentários:

Anônimo disse...

Grande verdade, Fábio!

Uma amizade que não seja primeiramente, e antes de tudo, espiritual, não é verdadeira amizade. E para ser verdadeiramente espiritual, envolve, sem dúvida, também a nossa caminhada de fé, as nossas dificuldades, temores e esperanças. Se um amigo sabe partilhar connosco este amor a Jesus, este ardor que nos consome pela glória de Deus e pelas almas, então tenhamos a certeza de ter encontrado um tesouro, um amigo de verdade!

Um grande abraço e um resto de bom fim-de-semana
Salve Maria!

Fábio Graa disse...

Pra você também, Teresa.

Deus a abençoe e guarde.

Um abraço.