quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sobre os adiantamentos a respeito da minha vocação


Várias pessoas, inclusive religiosos, já me disseram que tenho um coração de religioso consagrado. Se este for o caso, deixo que Nosso Senhor providencie as coisas. Já fiz, durante um bom tempo, meus modestos esforços, proporcionais à minha pouca força. Agora, portanto, se Ele quer algo neste sentido, que ajeite os meios e me seduza de vez.

Eu sempre tive um encantamento particular pela vida consagrada. Agora, porém, já com meus 25 anos, não vejo como minha baixeza pôde aspirar coisa tão alta. E não ando a forçar as coisas, como o fazia na adolescência, a fim de me ver pequeno. Não é preciso. E se não é empresa impossível a de seguir vida religiosa, isto se deve somente Àquele que tudo pode.

Ademais, eu poderia facilmente enganar alguém que não me conhecesse com minhas conversas devotas. Adiantar-se em atribuir-me uma vocação seria por demais fácil e cômodo. Tendemos a ver somente as aparências. Atores nos enganam sem muito esforço.

Seja como for, na vida consagrada ou na vida leiga, seja Ele a conduzir as coisas. De mim mesmo, nada faço que preste. E já estou cansado disso...

2 comentários:

Gleyce Perrout disse...

Amo a forma q vc escreve, e faço minhas essas suas palavras:

"Já fiz, durante um bom tempo, meus modestos esforços, proporcionais à minha pouca força. "

Porém, acredito ainda ter de me esforçar um tantinho mais! rs

Josiney disse...

Compartilho do mesmo sentimento na minha vocação. Há três anos esse desejo brotou em minha alma e ainda estou na busca do meu verdadeiro lugar na Igreja. Ultimamente vejo me inclinando à vocação monástica, mas também prefiro deixar tudo nas mãos do Senhor, que sabe mais e melhor que eu, um pobre miserável no deserto do espírito.