Seguem os dias, e vou constatando, na prática, tudo o que a Santa Igreja ensinou. Aquela família, cuja fé não se dá nos moldes tradicionais, de repente mostra o seu total fracasso na educação dos filhos; aqueles outros que buscam uma via alternativa à bondade, de repente, se demonstram grandemente infantis. E Deus vai me permitindo ter sob os olhos estas pessoas, cativas de seus gnomos, porque são, em geral, inimigos pequenos, que venceriam se dessem ouvidos àquela boa mãe que sempre os quis ensinar. Mas o amor próprio é muito obstinado. Muitos morreriam antes de permitir a invasão de um conselho.
E fico contemplando os homens grandes da Igreja, cada vez mais escassos, mas ainda existentes. Mesmo os menos instruídos, filosofica ou teologicamente falando, que porte ostentam! Que maturidade! Que grandeza de alma! Deus os conduziu a grandes alturas porque eles se deixaram conduzir. No início do seu percurso admitiram ser pequenos e se permitiram guiar. Meu Deus, como o orgulho atrapalha! E que consequências funestas ele traz! Que cegueira destes pobrezinhos! E, de outro lado, que luz esplendorosa daqueles outros Pobres de Nosso Senhor!
A razão disto é que, pela vida da graça, as virtudes teologais vão trabalhando em nós. À medida que o dom da caridade cresce, com ele crescem também, de modo correspondente, os outros dons do Espírito, inclusive, com o dom da Fé, a inteligência e a sabedoria, que nos dispõem a uma compreensão mais profunda das verdades espirituais e à contemplação destas realidades em Deus.
Sem a graça, sem a caridade, o que sabe a pobre alma? Está cega...
Quantos católicos, hoje em dia, não têm idéia do que seja a graça!, do que seja um pecado mortal! Quantos comungam sacrilegamente sem o saber! Quantos naturalizam a religião e passam a vida sem sequer supor o que seja a vida autenticamente espiritual!
Oh, meu Deus! E os vossos padres, o que têm ensinado? Oh Jesus, e os vossos amigos, o que têm feito?
Já que tantos nos faltam, amoroso Jesus, sede tu mesmo o nosso guia... Ensina-nos a combater!
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