sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sigo Jesus, odeio Religião


Hoje em dia tornou-se comum aquela atitude de admirar Jesus, dizer que o que Ele fala é verdadeiro, mas, ao mesmo tempo, estar desvinculado de toda religião. Essa é uma idéia bastante engraçada, porque é totalmente non sense. Aliás, o non sense é o meu tipo de comédia favorito. Essa conclusão é completamente quebrada, arbitrária e somente revela um subjetivismo estranho e irrefletido em quem lhe adere.

Vejamos...

Primeiramente, se Jesus é, como dizem, um cara inteligente, sábio, etc..., então, aquilo que Ele falou deve merecer crédito; se é assim, então também devemos acreditar no que Ele afirmou de Si mesmo. E isto é fácil de admitir. Qualquer um que afirme ser Deus ou é Deus de fato, ou é um mané. Se é um mané, não é sábio nem inteligente. C.S. Lewis afirma que ao escutarmos Jesus dizer ser a verdade, ou acreditamos que Ele é a verdade por trás de todo ser, desde os mais simples aos mais complexos, ou então teremos de supô-lo um lunático.

Alguns, porém, chegam à brilhante idéia de pôr em cheque aquilo que sobre Ele está escrito nos Evangelhos. Ora, mas que genial, não? Perguntemos, então, com que base esses seres excêntricos chegaram à conclusão de que Jesus é tão inteligente e sábio... Que espécie de contato tiveram com Ele?

Bem dizia o Chesterton que uma das estranhices do nosso tempo é que certas pessoas começam a pensar do terceiro ou quarto argumento, e não observam os pressupostos do que defendem. Gustavo Corção, por sua vez, admirava os dias idos afirmando que, nos tempos de então, os tolos se calavam e eram geniais por isso.

Pois bem. Se Jesus merece algum crédito, temos de aceitar que Ele é Deus, pois Ele o diz claramente. Se é Deus, nem mentiu nem se enganou. Acontece que este Deus humanado inventou de ser judeu, pelo que já vemos que religião é coisa séria. Depois, passou-lhe pela cabeça a idéia de fundar uma Igreja: "Pedro, tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja." Depois, achou por bem fazer uma baita de uma promessa: "As portas do inferno não prevalecerão contra a minha Igreja" e ainda disse: "Eu estarei convosco até o fim dos tempos". Retomemos: se Ele é Deus, nem mentiu nem se enganou.

Ninguém precisa ser um gênio do silogismo para chegar a uma dedução disto aí; e qual é? Que a Igreja fundada por Ele é perfeita, tem o auxílio d'Ele e se estenderá até o fim do mundo. É fácil ainda provar que essa Igreja, presente em todos os recantos do orbe terrestre, é a Igreja Católica Apostólica Romana.

Portanto, se Jesus merece algum crédito, Ele merece a nossa adoração, pois é Deus. 
Se Jesus merece ser crido, então a Igreja Católica é a Sua Igreja, o Seu Corpo Místico.

Se, porém, alguém adere à modinha de apreciar a pessoa de Jesus ao mesmo tempo em que condena e critica toda e qualquer religião, só nos parece poder admitir que faltou a esta pessoa pensar um pouco mais a respeito.

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