quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mais um ano de vida.. Obrigado, Senhor...

Acabo de completar meus 26 anos e, sinceramente, estou feliz, embora um tanto mais emotivo que o comum. Acaba de terminar este que chamei de "meu dia" e o deixo passar enquanto mantenho as mãos bem abertas e sem tensão e esboço um sorriso na alma. Tudo indica que hoje eu também fico de férias na Faculdade, embora ainda precise receber as notas de duas disciplinas. 

Mas este foi um bom dia e, no entanto, um dia comum. Levantei-me cedo e voltei-me aos textos. Passei a manhã e a tarde entretido em trabalhos e, já pertinho da noite, fui à Faculdade. Tive aula, com clima de despedida - por ser término do semestre, pelo menos para os que não farão reavaliação - e, se não fossem os votos de felicidades que recebi ao longo do dia, seja no orkut, seja por mensagens de celular, seja por ligações,  ou pessoalmente, o dia teria sido como tantos outros. No entanto, na minha alma, ele foi único. Passei-o com um estranho senso de gratidão e fui notando como é bom ter sido criado por Deus. Naquela ocasião, Ele não me criou a partir de qualquer mérito meu, já que eu não existia. Foi um ato de pura gratuidade e bondade. E hoje, a completar meu 26º aniversário, eu percebia que a mesma bondade e a mesma gratuidade ainda permanecem. Quem sou eu para me apegar ao tempo que corre? Não... Livre como o vento, sigo imitando aquela gratuidade, aquela pobreza belíssima dAquele homem único que dormia num barco numa noite de tempestade. Ele não tinha onde reclinar a cabeça e, no entanto, era imensamente feliz! Oh verdadeira poesia a deste meu Deus que é a própria bondade e beleza feitas homem.

Bem dizia S. João da Cruz: "oh belíssimo amor de Deus; quem vos encontrou a fonte, repousou". Eu também a quero encontrar; E já me apontaram o caminho. Não fosse a fraqueza e a curteza das minhas perninhas, para lá eu correria e chegaria num salto.

Enfim, agradeço a Deus pela graça de mais um aniversário. Foi uma honra pra mim. Passei o dia meio constrangido por testemunhar esse amor de Deus, tão doce. "O amor de Cristo nos constange", escreve S. Paulo. E é isso mesmo... a gente fica sem saber direito como agir, sem saber direito como rezar. É aí que o Espírito ora em nós e é aí que, enquanto fracos, somos fortes. 

Meu Senhor, como dizia Sta Clara no leito de morte, pouco antes de nascer para a verdadeira vida, "mil graças por me teres criado". Eu também, agora, festejo este dia que marca o meu nascimento e volto os olhos para aquele outro, que será quando Tu quiseres, e em que, se eu estiver na tua Graça, nascerei para sempre nos teus prados e vales. Obrigado, meu Deus.

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