terça-feira, 23 de março de 2010

Ocupações e Quietude...

Nestes dias, ando um tanto atarefado. O dia está repleto, graças a Deus, e tenho tido pouco tempo de escrever aqui, embora, para a minha surpresa, ainda que as visitas sejam sempre poucas, são, porém, perseverantes. Claro que não sei se são as mesmas pessoas que vêm sempre aqui.

Recebi um e-mail de um leitor que afirmava sempre vir neste sítio. Dizia ele que, quando via que eu nada havia escrito de novo, relia então uma postagem antiga. Uma tal declaração só me deixa feliz, pois me faz perceber que, embora o meu pouco trato com estas questões espirituais, há pessoas que gostam do que eu escrevo e posso, dessa forma, ser um canal, ainda que modesto, da graça de Nosso Senhor.

Quero, pois, por meio desta postagem, explicar-me pelo fato de ter escrito pouco neste blog. Ando ocupado. Ensaiamos para um musical que acontecerá agora na Semana Santa... Passamos a ensaiar seis dias por semana; isto porque na quarta há o Grupo Anjos de Adoração, e não há como ensaiar. Mas já há dois domingos que tomamos, nos dois horários, para nos dedicarmos a isto.

A primeira vez que encenamos a Paixão do Senhor foi em 2006, e desde aquele tempo, uma das minhas preocupações a este respeito era de que os ensaios nos agitassem e dispersassem do espírito da Quaresma. E isto não é o objetivo... Ao contrário, nossos esforços podem e devem se incluir no conjunto de práticas espirituais, na mortificação, na negação do próprio comodismo e na doação a Nosso Senhor. Ensaiar uma vez por semana pode ser um tipo de descontração.. Mas ensaiar seis vezes exige-nos, com certeza, renúncias. Seja como for, depois de dois anos eu havia me decidido a nunca mais fazê-lo.. Porém, neste ano, eis-me de novo. E seja como Deus quiser...

Reforço somente o seguinte: todo tipo de agitação é desinteressante, o que, obviamente, não significa que necessitamos estar parados todo o tempo, mas, antes, que ter certas ocupações não implica necessariamente em agitar-se. A quietude, a solidão interior devem ser exercitadas, juntamente com outras práticas. Tais coisas são maturadas pela experiência e importa buscá-las. Para tal, é importante uma muito boa orientação, a ajuda de leituras espirituais corretas, e um coração puro, pobre, reto na intenção...

Que Nosso Senhor nos ensine...
A vida de santidade é o que mais ansiamos e, no entanto, o que mais resistimos.
Que a Virgem Maria nos conduza pela mão.

Pax et Bonum.

Fábio.