"Que é, afinal, mais pessoal do que o sofrimento? A espantosa futilidade dos nossos esforços para comunicar a outrem a realidade dos nossos sofrimentos, e a trágica insuficiência da simpatia humana, tudo prova como é realmente incomunicável o sofrimento"
"O sofrimento, portanto, deve ser entendido para nós, não como uma vaga necessidade universal, mas como coisa exigida pelo nosso destino pessoal. Quando eu vejo as minhas provações não como a colisão da minha vida com uma cega máquina chamada fatalidade, mas como o dom sacramental do amor de Cristo, dado a mim por Deus Pai juntamente com a minha identidade e o meu nome verdadeiro, então eu posso consagrá-las e a mim mesmo com elas, ao Senhor. Pois aí compreendo que o meu sofrimento não é meu. Ele é a Paixão de Cristo, a estender até à minha vida os seus rebentos, a fim de produzir abundantes cachos, embriagando a minha alma com o vinho do amor de Cristo, e derramando esse vinho, ardente como o fogo, sobre o mundo inteiro"
Thomas Merton, Homem Algum é Uma Ilha.
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