Caríssimos, vou passar a escrever, no meio dos artigos que vez ou outra vou postando aqui, uns textos relacionados a isto que chamam de neurose, no seu sentido mais comum. Lá nas minhas aulas, anos atrás, de Psicanálise, o professor costumava dizer: "nós, os neuróticos...". Esta teoria - que é provada ser falsa - Rudolph Allers que o diga - vê algo em comum nos homens pelo que os afirma neuróticos. Eu, particularmente, já sofri bastante com isso, mas aprendi a lutar, entendi a dinâmica do negócio, e alcancei uma quietude de alma; vez ou outra levo uns sopapos, mas nada comparado ao intenso sofrimento de anos atrás, além do que estas lutas vão amadurecendo e ensinando a arte do combate interior. Alguém, recentemente, dizia que a cruz é passageira, mas os seus efeitos benéficos são duradouros. Eu posso, penso, afirmar isso com um pouco de propriedade.
Pois bem. De lá para cá, fui notando certos traços peculiares da neurose - mantenho este termo por convenção, e não porque queira dar qualquer crédito a Freud - e, desde então, pude reconhecer estes traços em inúmeros indivíduos, dentre os quais, uns muito próximos. Deus parece também ter a intenção de fazer com que eu conheça pessoas que trazem este tipo de angústia. Um "marinheiro de primeira viagem", de fato, sofrerá bastante com isso; será uma marionete ingênua nas mãos dos seus medos. Mas a experiência amadurece e ensina. A quietude é, sem dúvida, alcançável.
Vou, então, escrever uns posts tratando disto que eu chamo de neurose, mas que é tão somente o drama da nossa natureza decaída e marcada vivamente pelo ferro da soberba. Compreender direito a dinâmica desta mãe de todos os vícios nos permitirá, depois de um tempo de luta inteligente e estratégica, repetir com o salmista: "a minha alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador". Os amigos reconhecerão aí, dentro de suas almas, bastante coisa que eu irei pondo por aqui. E, de antemão, não se preocupem: a neurose é uma coisa comum; é herança de Adão; é somente a consequência da nossa alma assoberbada.
E se por acaso, não obstante as poucas visitas deste humilde espaço, algum simpático dos sofismas freudianos vier aqui vomitar baboseira técnica e besteirol gnóstico cabalístico, a depender do tom que usar, ou será ignorado ou respondido à altura. Não é com vocês que eu quero papo. Podem continuar com a sua religiãozinha do divã. Então, melhor ignorar o que eu escrevo; tenham-me como um tolo e pronto. ^^
Aos demais, sejam muito bem-vindos. Escreverei estes textos intentando ser útil.
Que Nosso Senhor e Sua Mãe Santíssima nos conduzam nestes assuntos.
Pax.
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