Quando uma flor se agita aos primeiros raios do sol, é uma suave lição, que podemos aproveitar; ela indica-nos um outro sol, cuja luz nos aquece o coração; quando se apraz crescer entre as urzes, ensina-nos a humildade e a vida oculta; quando nos olha e parece suplicar-nos que a reguemos a fim de reparar a vida quase extinta, ensina-nos a solicitar também o verdadeiro orvalho das almas. Enfim quando pende e morre, faz-nos sinal, e recorda-nos que a nossa vida será em breve descolorida; mostra-nos que a existência da flor e a do homem, que pareciam tão diferentes na duração, se confundem perante a eternidade, em que mil anos são como um dia.
Monsenhor Landriot
Fonte: A Grande Guerra
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