“A alegria é a vida reencontrada depois que se aceitou perdê-la”. Tempos atrás, encontrei esta frase quando tentava me adaptar à idéia de rumar para um convento em que eu não teria nenhuma garantia de vir em casa outra vez. Não fui ao convento, mas a frase reverberou.
Há um tesouro que pareceu-me estar ao alcance, mas que notei, porém, que a sua liberdade implica não minha não garantia. Eu estava tendendo a tensionar os dedos, numa atitude de querer assegurar. Mas tive de me deparar, de novo, com a minha nudez. Corri o risco de ser egoísta e fui advertido. Vi. Envergonhei-me e notei o quanto sou desajeitado. Não que isto me fosse novidade...
E se a vida não for reencontrada? ...
Então é preciso continuar com as mãos abertas ainda que os olhos marejem.
E, um dia, Deus ma dará, ainda que não seja o que eu tanto queria...**
Faça-se a Sua vontade, sempre! Sempre! Sempre! Sempre!
E ao egoísmo que ainda se levanta em mim, eu o pisarei sem dó.***
“Sentimo-nos (...) felizes ao perceber que ainda somos capazes de experimentar alegrias profundas e verdadeiras. Mesmo a dor profunda e autêntica se nos afigura uma graça, comparada ao entorpecimento da sensibilidade." (Edith Stein, A Ciência da Cruz)
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