Conversei bastante com Nosso Senhor, hoje. Foi muito bom e me parece ser um mistério o motivo de eu não fazer isso mais frequentemente. Tivemos um momento único de intimidade; no Seu silêncio, Nosso Senhor parecia um pouco tímido.
Eu não costumo conversar longamente com Ele. Converso sim, mas com frases curtas. Há anos que aderi à mística sanjuanista e, nela, dá-se bastante ênfase ao silêncio. Grande parte da minha oração é simplesmente silêncio. Para isso, há anos também que venho disciplinando a alma para a quietude. Tudo isto tem uma razão de ser. Mas, hoje, eu enfatizei a oração mental, que é a oração espontânea. E foi bom. Lembrei-me do que diz S. Josemaria Escrivá: "A oração do cristão nunca é monólogo". No entanto, as respostas de Nosso Senhor são sempre silêncio. E, no entanto, Ele está lá...
Lembrei-me também da Julian de Norwich: "Eu entendo o ministério dos anjos, mas Deus é muito mais próximo e muito mais terno". Lembrei-me de Sto Agostinho: "Deus é mais íntimo de mim do que eu mesmo". E lembro, agora, de Sta Teresa que, não obstante tenha alcançado os níveis mais altos de oração, nunca escondeu sua predileção pela oração mental.
Conversei com Nosso Senhor, hoje. E lhe fiz várias perguntas. Foi muito bom porque foi muito sincero. Ele me fez ver certas coisas e eu lhe disse tantas outras. E, no fim, eu só sei dizer que Deus é muito bom. Por ora, a minha oração não pode ser outra, senão essa de S. Pio de Pietrelcina. É, mesmo, o que de mais importante eu tenho a Lhe dizer...
Nenhum comentário:
Postar um comentário